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terça-feira, 23 de março de 2010

Paleontologia
Na passarela da evolução

Mais alta e mais velha, Ardi surgiu para ameaçar o estrelato de Lucy, mas, com ossos bem preservados, ambas são modelosideais para o estudo das mutações que produziram a humanidade .
Lucy, 3,2 milhões de anos, 26 quilos, 1 metro de altura, reinou sozinha na passarela da evolução durante um quarto de século. Desde a semana passada, ela tem de dividir os holofotes com outra estrela do ramo, Ardi, de 50 quilos, 1,20 metro e sólidos 4,4 milhões de anos. Lucy foi descoberta pelo americano Donald Johanson em 1974 e tornou-se uma celebridade instantânea. A carreira de Ardi até o topo da fama foi mais árdua. Ela foi desencavada em 1994. Durante os quinze anos seguintes, uma equipe de 47 especialistas chefiada pelo americano Tim White aferiu cuidadosamente suas medidas de cintura, braços, crânio e de cada dente da arcada. Finalmente satisfeitos com as medições, eles colocaram Ardi na capa da mais respeitada revista científica do mundo, a Science. Ardi e Lucy são originárias de uma mesma região da Etiópia, o Triângulo de Afar. Esse lugar desértico do coração oriental da África está para a paleoantropologia assim como o Rio Grande do Sul está para a moda. Do sul do Brasil saem modelos perfeitas como Gisele Bündchen e Alessandra Ambrosio. De Afar saem os mais conservados e completos exemplares fósseis dos mais antigos antepassados da espécie humana.
Lucy e Ardi são as modelos mais perfeitas da aurora da humanidade. Ardi viveu mais de 1 milhão de anos antes de Lucy. Ambas são avós humanas e só humanas – ou seja, elas pertencem a uma espécie de antepassado que já havia saltado do grande tronco evolutivo comum do qual brotaram a humanidade e também seus primos mais próximos, os primatas. Tanto Lucy, um exemplar de Australopithecus afarensis, quanto Ardi, uma Ardipithecus ramidus, são do galho da árvore evolutiva que levou ao surgimento do Homo sapiens. Isso e o fato de terem nos legado ossadas muito completas justificam a fama. Ardi e Lucy serão destronadas quando o deserto de Afar entregar seu mais precioso tesouro, os ossos do antepassado comum dos homens e dos primatas, o verdadeiro "elo perdido". Os paleoantropólogos sabem que os ossos do elo perdido estão enterrados em alguma dobra do solo da que é a segunda região mais quente do mundo (recorde de 64 graus, registrados em 1930), atrás apenas de Dasht-e Lut, o atemorizante deserto de sal do sudeste do Irã. Enquanto o elo perdido não for encontrado, Ardi e Lucy reinarão soberanas. A partir de seus ossos calcinados, preservados por milhões de anos em lava vulcânica, os especialistas conseguem reproduzir com exatidão seus traços físicos e o mundo à sua volta.

Os estudos dos ossos de Lucy ajudaram a esclarecer a ordem em que apareceram os traços humanos. A saber, primeiro surgiu o polegar opositor (que aponta para fora da mão em um ângulo de 90 graus em relação aos demais dedos), depois a capacidade de andar ereto ou a bipedalidade (andar sobre dois pés) e, só então, o cérebro passou a crescer em tamanho e complexidade. Tais características, é obrigatório lembrar em homenagem a Charles Darwin (1809-1882), não são planejadas. A grande demonstração de Darwin foi obter evidências – das quais extraiu sua teoria – de que os traços positivos ou negativos surgem nas espécies como resultado de mutações aleatórias, que, no século XIX, ele não sabia serem de origem genética. Quando elas se mostram úteis, proporcionam a vantagem competitiva que aumenta as chances de sobrevivência do indivíduo. O polegar opositor foi uma mutação que só deu vantagem aos antepassados do homem quando as florestas de árvores altas sumiram da paisagem africana, dando origem à savana. Uma vez no chão, o polegar opositor deu a conformação ideal à mão dos hominídeos para poder agarrar pedras e usá-las como armas. A bipedalidade foi, literalmente, uma dor nas costas para os antepassados dos homens que viviam nas florestas. A posição ereta era incômoda e só assumida por alguns poucos minutos de cada vez. A bipedalidade só começou mesmo a valer a pena quando a mudança climática varreu as florestas e a savana passou a dominar a paisagem. Ela deu agilidade, e o andar ereto manteve os olhos na posição e nas atitudes corretas para enxergar um predador quando ainda desse tempo de escapar. Lucy já se locomovia confortavelmente sobre dois pés arqueados. Ardi era mais encorpada e tinha pés chatos. Nada que envergonhasse uma mulher há 4,4 milhões de anos, mas quando ela andava seu corpo balançava de um lado para outro. Ao contrário dos gorilas atuais, no momento em que abandonava a postura ereta Ardi não precisava fechar os punhos e sobre eles se apoiar. Ela colocava as patas abertas no solo. Apoiar-se sobre os punhos era coisa de macaco, postura inadequada para uma representante dos Ardipithecus.
Os 4,4 milhões de anos colocam Ardi muito perto do elo perdido na escala evolutiva. A separação teria se dado por volta de 7 milhões de anos atrás. Isso é um problema. A existência de um integrante tão primitivo, mas claramente antepassado do homem, obriga os especialistas a repensar toda a árvore da evolução – ou pelo menos o ritmo das transformações. Como podem a elegante Ardi e o elo perdido estar separados por apenas 2,6 milhões de anos? A teoria mais aceita sustenta que nesse período os homens e os macacos teriam se diferenciado bem menos. Ou seja, para não contrariar a teoria, Ardi precisaria ter traços bem mais primitivos. O que fazer com a teoria? "Poderíamos inferir que também o antepassado comum deve ter sido um ser bem menos parecido com os macacos do que se imaginava até agora", diz Alan Walker, especialista em evolução da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos. A cada nova descoberta, a linhagem do homem parece ser mais antiga. O elo perdido, que antes de Lucy esteve na casa dos 3 milhões de anos, foi jogado por ela para os 7 milhões de anos. Ardi certamente vai obrigar os cientistas a deslocá-lo para eras ainda mais remotas – talvez para alguma coisa em torno de 9 milhões de anos. Que o façam ou rasguem a teoria e encarem a "hipótese extraordinária" sugerida, para espanto geral, por Richard Leakey, o lendário caçador de fósseis do Quênia: "O homem descende de uma linhagem só sua, única, e não tem antepassado comum com os demais primatas".
FONTE: REVISTA VEJA – 7/10/09- COLABORAÇAO: PEDRO OLIVEIRA

quarta-feira, 17 de março de 2010


ATENÇÃO
FIQUEM ATENTOS, POIS NESSE SÁBADO 20/3 ÀS 14:30 ACONTECE O EQUINÓCIO DE OUTONO. O EQUINÓCIO INDICA QUE A TERRA ESTÁ COM O SEU EIXO DE INCLINADA ALINHADA AO SOL, ISTO INDICA QUE NESSA DATA OS DOIS HEMISFÉRIOS NORTE E SUL RECEBEM AS MESMA QUANTIDADE DE LUZ SOLAR.
2010

Equinócio

OUTONO

Mar.20.Sb. 14h 33m

92d 17h 56m

Solstício

INVERNO

Jun.21.Sg. 08h 29m

93d 15h 41m

Equinócio

PRIMAVERA

Set.23.Qi. 00h 10m

89d 20h 29m

Solstício

VERÃO

Dez.21.Te. 20h 39m

88d 23h 42m
Equinócio de Março 2010
Data: sábado, 20/03
Hora: 14:30
Hora de Brasília2005 - 09:33 2006 - 15:262007 - 21:072008 - 02:482009 - 08:442010 - 14:32Na vigência do horário de verão acrescentar 1 h Fontes:
Almanaque Astronômico 2010 - Antônio Rosa Campos/CEAMIG
Anuário Astronômico 2010 - Professor Francisco de Borja Lopez de Prado/FaE/UFMG.
http://www.cosmobrain.com/cosmobras/res/estacoes_datas2010.html

Quando o Sol, em seu movimento aparente anual no céu, passa pelo ponto vernal, cruza o Equador Celeste dirigindo-se do hemisfério celeste sul para o hemisfério celeste norte. Nessa ocasião ele se encontra localizado na constelação de Peixes.
Quando ocorre um equinócio, a linha imaginária que une o centro da Terra ao centro do Sol, cruza o equador terrestre, ou seja, o Sol fica a pino (no zênite, em termos astronômicos) nos locais situados no equador (latitude 0º). Em outras palavras, no instante de um equinócio, o segmento de reta que une o centro da Terra ao centro do Sol é perpendicular ao eixo de rotação da Terra.

O Equinócio de Outono: a linha imaginária que une o centro da Terra ao centro do Sol, cruza o equador terrestre.Para saber mais, clique nos links:http://www.observatorio.ufmg.br/pas44.htmhttp://www.uranometrianova.pro.br/astronomia/AA003/equioutono.htmOu Visite os sites:

quinta-feira, 4 de março de 2010

Queridos,
estamos de volta com o blog e estou cheia de idéias !!!
Gostaria de contar com a participação de vocês e que incentivem também seus colegas.
Beijos

Leia as dicas de como estudar Geografia e comece a praticar aquela que você nunca fez. Vamos fazer um teste e esperar o seu resultado.

Dicas de Como Estudar Geografia

Professora: Regina Duarte – 2010

Estudar é Trabalhar!!!

No momento de preencher um documento, qual profissão você escreve? “Estudante”. Esta é a sua profissão e como um “profissional competente”, jamais você poderá se limitar a somente reler um texto na última hora, um dia antes da prova. Isto não é um bom trabalho!
Estudo é trabalho que requer Empenho, Dedicação e Perseverança.
Não existe, em princípio, uma fórmula para o estudo do conteúdo abordado em Geografia, mas sim, mecanismos que, em conjunto, possibilitam a aprendizagem e um estudo mais agradável.
É de fundamental importância a interação dos fatos e fenômenos do cotidiano. Assim, um bom estudo ou estudante deve ter como ponto de partida a clareza de que não se aprende Geografia de uma só vez, mas gradativamente e para tal sugerimos:



  • Deve-se ter claro qual assunto a ser estudado, não adianta ficar folheando o caderno ou livro à procura de “qualquer” conteúdo. Procure escolher aqueles assuntos que, durante a execução dos exercícios, você teve mais dificuldade.

  • Tome como base a parte teórica do conteúdo, faça a leitura de cada tópico do conteúdo – digamos, subtítulos de um capítulo por vez – procure assinalar o que você entendeu, independentemente de ser mais importante. Transcreva tópico por tópico, aquilo que foi assinalado, mas de forma pessoal.

  • Há palavras e expressões-chave (como por exemplo, ao se estudar clima, muitas vezes vai aparecer “amplitude térmica”) e quase sempre passam despercebidas. Procure saber o que é, anote, pergunte na aula seguinte, consulte o dicionário. Muitas vezes, estas palavras e expressões se encontram no próprio glossário do livro.

  • Todo o conteúdo de Geografia é pontuado por citações geográficas e referências cardeais (norte de algum lugar, sudeste de outro...). Procure identificar onde se encontra, localize no mapa – utilize seu Geoatlas – observe-os, veja a legenda, compare, analise. Procure enxergar no mapa, tabela ou gráfico o que refere no texto. Na maioria das vezes, quando se estuda, você apenas lê o texto e isto é muito pouco.

  • Uma técnica interessante consiste em ler um determinado tópico e, em seguida, procurar simular uma carta a um amigo, descrevendo o assunto a que se refere o tópico lido.

  • Não tenha medo de errar. Quando se diz analise ou correlacione, você geralmente se atrapalha, pois não tenha medo de escrever o que pensa. Tome duas reportagens, qualquer uma, leia as duas e depois escreva sobre as duas (até mesmo quando se escreve que nada tem a ver uma com a outra você estará fazendo uma correlação). Experimente fazer isto com tópicos diferentes de um mesmo capítulo.

  • Seu caderno ou fichário deve ser, além de organizado (não necessariamente decorado), uma base para anotações.

  • Só é possível ter dúvida se você fizer, ou tentar fazer, as atividades propostas pelo professor. Não deixe de fazê-las. Anote ou assinale as questões duvidosas, pergunte ao professor. Se você deixar para a véspera das avaliações, fatalmente você não será capaz.

  • Grande parte do conteúdo de Geografia é passível de opinião, procure saber da opinião dos colegas, dos pais ... Este confronto exercita a análise, a comparação e a correlação.

  • Quando se deseja estudar conteúdos passados, procure rever as avaliações anteriores, releia todas as questões, procure resolver cada uma delas em uma folha à parte. Procure fazer isto também nas avaliações de múltipla escolha (pergunte a você mesmo por que é certa ou errada cada uma das opções.)

  • Na Geografia, a análise de mapas é fundamental. E o que é uma análise de mapas? Nada mais do que olhar para o mapa e tirar conclusões a partir da interpretação dos dados com referência à legenda. Para isso, observe o tema abordado no mapa (título). Pegue um mapa qualquer do Brasil, por exemplo, (seu Geoatlas é um grande instrumento) “brinque”, procure sua cidade, veja na legenda a cor ou convenção assinalada na área de sua cidade, compare com uma outra bem distante, observe os detalhes do litoral, ilhas, golfos, baías... (nunca tenha a preocupação de memorizar estas informações). Isto é muito importante para exercitar a análise de mapas.
  • Leia revistas e jornais, assista a pelo menos um telejornal diário (faça disso um hábito).

    BOA GEOGRAFIA !!!!!
    REGINA DUARTE
    “Ser geógrafo é ser cidadão”.